2019 é o ano que marca a vinda de um novo tipo de televisões ao mercado brasileiro: as 8K. A Samsung foi a primeira marca a trazer essa tecnologia, estreando com o modelo QLED 8K Q900, que está de chegada ao Brasil. Mas o que essa tecnologia quer dizer? No que ela difere de uma full HD ou de uma 4K? E, mais do que isso: vale a pena investir em uma tecnologia que acabou de chegar?

O primeiro ponto para acompanhar a escala de evolução das televisões em HD é entender como funciona a composição da imagem das telas. Elas são formadas por linhas verticais e horizontais, e cada cruzamento tem um ponto, que corresponde a um pixel. Quanto mais pixels, melhor a resolução da imagem.

Uma tela em full HD tem quase 2 milhões de pixels, a 4k tem 8 milhões e a 8K, 33 milhões de pixels. Na prática, uma tela 8K tem uma resolução quatro vezes maior que a 4K e 16 vezes maior que a full HD, totalizando 7680 linhas verticais e 4320 linhas horizontais.

Mas quem está assistindo percebe essa diferença? Segundo Guilherme Campos, gerente sênior de produtos de TV da Samsung Brasil, essa tecnologia resulta na melhora de três componentes das imagens: os contornos, as texturas e a profundidade.

“Por conta dessa resolução, o benefício é que os contornos das imagens vão ser muito mais precisos, todas as texturas que você vê na imagem vão ser mais detalhadas — uma pedra áspera, uma pia de mármore”, garante Campos. “Outro ponto é com relação à profundidade: o plano de frente e de fundo dos objetos são bastante destacados”.

Como a tecnologia de transmissão chega antes do conteúdo, ainda são escassas as opções de programas disponíveis em 8K nativo — ou seja, que já são filmadas e transmitidas com a tecnologia — o que faz com que a televisão ainda não possa ser utilizada com todo o potencial que promete. No entanto, isso não quer dizer que ela não possa ser aproveitada.

Isso porque outro upgrade da televisão 8K da Samsung com relação à 4K é o upscaling de imagem que usa inteligência artificial. Traduzindo, o upscaling refina a imagem de menor resolução para que ela seja reproduzida na tela. Para isso, não é só esticar a imagem, mas completar os pixels que faltam, preenchendo a imagem.

Até os modelos 4K, o upscaling era feito por proximidade de cor ou textura, colocando pixels parecidos. Já o modelo 8K vai utilizar o processador Quantum 8K. “Tecnicamente, a TV tem uma série de imagens armazenadas em um banco de dados. Com esse processador, ela analisa em tempo real a imagem que está chegando e busca referências semelhantes nesse banco de dados. Ela completa os pixels de maneira mais detalhada, não apenas por proximidade, mas por referência”, explica Campos. Esse banco é composto por mais de 8 milhões de imagens, divididas por categorias — paisagens, rostos, esportes, arquitetura.

Na prática, enquanto os conteúdos em 8K não chegam, o processador vai fazer a lição de casa e melhorar a resolução com mais precisão. Naturalmente, quanto melhor chegar a resolução, mais eficaz é o processo. Netflix, Hulu e YouTube já têm conteúdo 4K disponível.

Outros benefícios da 8K é que sua densidade de imagens permite que a televisão possa ser instalada em espaços pequenos, com pouco espaço até o sofá; e mais vibração nas cores, através da tecnologia QLED .

A QLED 8K Q900 está disponível em três tamanhos. Os preços sugeridos saem a partir de R$ 22.999 (65”), R$ 32.999 (75”) e R$ 64.999 (82”). Os modelos estão disponíveis nas principais praças do país, nos canais on-line oficiais da marca ou em parceiros.